ONS ATUALIZA CENÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO DE ENERGIA ATÉ NOVEMBRO
Estudo traz resultados consolidados e projeções revisadas, considerando o aumento da carga de energia e menor disponibilidade térmica no período. Abastecimento de energia está garantido
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em atendimento à solicitação do Ministério de Minas e Energia, revisou a Nota Técnica relativa à Avaliação das Condições de Atendimento Eletroenergético do Sistema Interligado Nacional (SIN), com projeções até novembro de 2021, ou seja, fim do período seco e início do período úmido, considerando um aumento na carga de energia e da menor disponibilidade de usinas térmicas no período.
A atualização do estudo incorpora ainda as flexibilizações de restrições hidráulicas já autorizadas e considera o aumento do PIB para 4,5%a.a., em vez dos 3% a.a. que até então era usado como parâmetro. Dessa forma, essa nota técnica traz premissas mais realistas e alinhadas com o momento econômico atual e às condições conjunturais do SIN.
Neste documento, são apresentados dois cenários e, em ambos os casos não há risco de desabastecimento elétrico, mesmo diante das piores sequências hidrológicas de todo o histórico de vazões dos últimos 91 anos.
Na primeira simulação, a previsão de acionamento do parque termelétrico é mais conservadora, não sendo consideradas no planejamento todas as unidades indisponíveis – por motivos diversos como manutenção, falta de combustível ou litígio. Nesta hipótese, há também flexibilização dos limites de transmissão, novos pedidos de flexibilização para as bacias de algumas usinas hidrelétricas e a maximização do despacho térmico fora da ordem de mérito.
No segundo cenário, teríamos uma maior participação das térmicas, considerando também a importação de energia dos países vizinhos e o despacho térmico fora da ordem de mérito. Além disso, não haveria alterações nas flexibilizações já em vigor e, também não estão contempladas mudanças nos limites de transmissão definidos conforme procedimentos de rede.
As prospecções apresentadas consideram o período de julho a novembro de 2021 e, caso sejam observadas mudanças nas premissas e a necessidade de atualização, podem ser novamente revisitadas no curto prazo. Esses resultados permanecerão subsidiando as deliberações do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) sobre a necessidade da adoção de medidas operativas adicionais, visando garantir o equilíbrio conjuntural de curto prazo na operação elétrica.
Embora o estudo indique que até o fim de 2021 a situação permanecerá sensível, o Operador está acompanhando os desdobramentos das ações já em curso e atuando dentro de suas atribuições para aumentar a oferta das fontes de energia e garantir que não haja a suspensão do suprimento elétrico. Vale ainda destacar que o setor elétrico brasileiro é robusto e seguro, mas que diante da pior escassez hídrica enfrentada atualmente, foi necessário adotar medidas excepcionais para economizar água em todos os reservatórios, e com isso gerenciar de forma estratégica esse recurso.
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