​​ONS prevê 2018 tranquilo quanto ao suprimento energético


O diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata Ferreira, compareceu na terça-feira, 27 de fevereiro, a um evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro, onde o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso, fez uma palestra para associados e convidados sobre “A importância do Rio de Janeiro na expansão do setor elétrico e seus impactos no Estado".

Em sua palestra, o presidente da EPE afirmou estar trabalhando na conclusão do PNE 2050. Sem detalhar quanto será a expansão da oferta por tipo de fonte de energia, Barroso assegurou que "o Brasil não tem condições de prescindir de nenhuma fonte" e que, pelos estudos preliminares, a fonte nuclear terá um espaço nesse horizonte.

Falando em grandes números, ele disse que o Brasil necessita de cerca de 4 mil Megawatts novos por ano, o que resultaria em uma necessidade de mais de 120 mil MW até 2050. Barroso contou ainda que o próximo leilão de energia nova do tipo A-6, que contratará energia de novos empreendimentos com início de fornecimento para 2024, deve ser realizado entre maio e agosto deste ano.

Nessa ocasião, em entrevista aos jornalistas presentes, o diretor-geral do ONS destacou que o país está em posição confortável com relação ao abastecimento de energia elétrica nos próximos cinco anos. "Estamos razoavelmente tranquilos com a condição de abastecimento nos próximos quatro, cinco anos."

Segundo Barata, os reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país, devem chegar em novembro, no fim do próximo período seco, com pelo menos 30% de armazenamento. Na mesma data do ano passado, a marca foi de 18%.

De acordo com o executivo, a melhora do cenário dos reservatórios hidrelétricos se deve ao volume de chuvas ocorrido neste verão e à expansão da capacidade instalada do sistema brasileiro. Barata defendeu ainda que o país retome a discussão sobre a construção de grandes hidrelétricas. "Falta uma discussão franca e transparente."

Destacando o desenvolvimento socioeconômico proporcionado pela construção da hidrelétrica de Itaipu, na fronteira com o Paraguai, o diretor do ONS defendeu a construção da usina de Tapajós, no Pará, "não só pela geração de energia, mas pelo projeto logístico".

Também estavam presentes no evento o presidente do Conselho Empresarial de Energia da ACRJ, Bruno Armbrust, o presidente da Repsol Sinopec Brasil, Leonardo Moreira de Paiva Junqueira, a diretora da área de mercado de capitais do BNDES, Eliane Lustosa, além de empresários e executivos de diferentes setores da economia.​